terça-feira, 18 de julho de 2017

Cronologia: Van Halen – OU812 (1988)




Se imaginarmos o que passou na cabeça de Eddie Van Halen, quando teve que despedir-se do exótico Dave Lee Roth; que já dava algum trabalho pra banda com seus excessos, para contratar um novo vocalista que acompanhasse o virtuosismo de Roth, penso que não fora nada fácil.

Mas o destino da banda estava escrito para o sucesso após essa transição por isso que o álbum 5150 fora recheado de agradáveis surpresas e baladas inesquecíveis como Why Can’t This Be Love e Love Walks In, estreia de Sammy Hagar.

Mas o ex-vocalista do Montrose carinhosamente chamado de Van Hagar, tornaria se um dos grandes vocalistas de sucesso nos USA com sua incrível energia contagiante e seu “olho no olho” com Eddie durante as apresentações. Não obstante essa nova “paixão” traria a continuação do sucesso de seu primeiro disco na banda se prolongar no segundo, chamado OU812 lançado em 24 de maio de 1988.

OU812 é o oitavo álbum do Van Halen, o segundo de Sammy e também alcançou sucesso de vendagens nos Estados Unidos, trazendo definitivamente uma nova roupagem POP para a banda que sempre se alternou entre o Hard e o Glam.

Conheça as canções:

1-Mine All Mine – Introduzindo mais uma vez uma locomotiva de sons contagiantes que brindavam a carreira de Sammy no Van Hallen, assim começa o álbum com metais importantes e um vocal seguro de seu potencial.

2-When It’s Love – O emocionante single deste álbum chega tão empolgante quanto as antigas propagandas de cigarro Hollywood nos anos 80. Aquela leveza misturada com virtuosismo. Algo sensorial entre o romântico e o enérgico. A balada do fim dos anos 80 e que obviamente atravessou todas as rádios com sucesso

3-A.F.U. (Naturally Wired). Característica própria desta banda, a potencialidade impressionante da guitarra de Eddie Van Halen, é intensificada por agudos hard rock, para deixar qualquer fone de ouvido causar surdez.

4-Cabo Wabo me fez alusão ao hard rock de bandas como Poison, o Glam rock de estilo da época. Mantendo a linha característica da família Van Halen, o coro de fundo sempre nos leva a base fundamentada que imprime o estilo desta banda.

5-Source of Infection! Potência e virtuosismo também marcam Source of Infection, confesso que me remete à David Lee Roth de alguma forma, a característica dessa canção. Mas sem dúvida o vigor da voz de Van Hagar nada fica atrás de muitos cantores de hard e heavy por ai. Os teclados da banda nesta canção nos levam para uma fusão entre a Era do Roth e Hagar. Diria que a fase onde eles mais usavam os teclados era mesmo a do primeiro vocalista, mas uma voz que realmente tornava tudo tão pop estaria ali na era do segundo.

6-Feel so good – Mais uma daquelas canções em que o teclado característico da banda nos levam para uma viagem ao estilo americano de tocar algo que parece nos fazer sonhar com um carro em movimento rumo à uma estrada qualquer. O romantismo de uma faixa que tem harmonia e nos faz sentir realmente “bem”!

7- Finish What Ya Started é a que mais me surpreende no álbum porque ela faz um resgate meio Country Blues da cultura americana, com guitarras bem marcadas de quem acima de tudo tem uma influência norte americana estampada de forma impressionante. Chega a ser uma canção dessas de Streep Tease, com recursos vocais pra lá de sensuais. “baby come on…” Perfeita dança do acasalamento.

8-Ainda nessa linha Black n Blue é uma fusão de guitarras possantes com vozes apaixonadas.

9-Sucker In A 3 Piece não surpreende tanto por seguir uma linha de trabalho obvia da banda, sem deixar de ser intensa.

10-A Apolitical Blues – Segue a mesma linha melódica das influencias norte americanas, como o nome mesmo diz, so que agora com alusão ao blues. Sempre sensual e harmonioso, as tentativas da banda em sutilmente variar seus acordes acabaram por ser homenagens à este estilo, sem determinar definitivamente como um som de legítimo Blues.

Van Halen é de fato uma banda com um potencial enérgico e diversificado. O primor de um dos maiores guitarristas de todos os tempos e seu irmão, que evoluía cada vez mais na bateria, acaba por nos fornecer um virtuosismo de quem tinha auto confiança suficiente para encantar não só os norte americanos, mas acima de tudo uma geração de roqueiros. Sammy foi aquele casamento que deu muito certo enquanto durou. No Brasil não foram tão reconhecidos quanto se merecia, mas eles obedeceram direitinho o jeito alegre do gosto dos USA.










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